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Foto do escritorLuciana Padovez Cualheta

Lições aprendidas no livro O Caminho do Artista de Julia Cameron



O livro O Caminho do Artista de Julia Cameron é uma verdadeira jornada de desbloqueio e redescobrimento da própria criatividade. A autora apresenta as mesmas estratégias e exercícios de seu curso de 12 semanas que ajuda artistas bloqueados a se recuperar. Julia Cameron tem uma visão linda da criatividade, como algo místico e transcendental, que é a própria representação do criador em cada um de nós. Por isso, decidi resumir as lições e frases do livro que mais me tocaram.


Lição 1:

Escreva três páginas matinais todos os dias. Escreva qualquer coisa que vier à mente, sem se preocupar com julgamentos e críticas. As páginas vão te ensinar a parar de julgar, a organizar as ideias, a entender melhor os pensamentos, a entrar em contato com seu eu mais profundo, a manter a disciplina, mesmo sem inspiração. Eu tenho feito esse exercício desde que comecei a ler o livro e posso dizer que o resultado é incrível. É praticamente uma meditação em forma de escrita.

Lição 2:

Temos dois tipos de cérebro: o cérebro lógico e o cérebro artista. O cérebro lógico é categórico, pensa de maneira ordenada, linear, faz julgamentos. Ele é responsável por nossa sobrevivência e se baseia em princípios conhecidos. Tudo que foge da lógica e da ordem é visto como algo perigoso. É ele que nos diz que precisamos ser sensatos. Já o cérebro artista é o inventor, a criança, o professor distraído. Ele é livre, faz associações, imagina. As páginas matinais ajudam o cérebro lógico, censor a se acalmar e permite que o cérebro artista brinque um pouco.

Lição 3:

Precisamos encher o poço. O poço interior é uma espécie de reservatório artístico ao qual recorremos quando precisamos de ideias. É como um lago cheio de trutas. O problema é que deixamos esse poço secar. Precisamos buscar ativamente encher nosso reservatório, buscando prestar atenção aos detalhes, buscando nos divertir, buscando experiências sensoriais, buscando novas imagens. Precisamos de atividades que estimulem o cérebro criativo e precisamos fazer isso de forma intencional. Caso contrário, o poço vai secar quando mais precisamos dele.

Lição 4:

Crenças negativas são apenas crenças e não fatos. Precisamos questionar as crenças que criamos sobre nossa criatividade ao longo da vida, para conseguir nos livrar do medo de assumir o que realmente queremos fazer. Muitas vezes, queremos realizar um trabalho criativo, mas sentimos que deveríamos estar fazendo outra coisa. É hora de questionar isso.

Lição 5:

O processo criativo deve ser seu foco, não o produto final.

Lição 6:

Receber críticas não é ruim, desde que ela seja uma crítica útil e não maldosa. A crítica útil te fornece a peça que estava faltando no quebra-cabeça. Ela te ajuda a ter clareza do que estava errado e de qual é o ponto de melhoria. Já a crítica inútil é pessoal, imprecisa, cheia de generalizações. Não há nada para ser aprendido ali.

Lição 7:

Às vezes, tudo que você precisa fazer para reativar sua criatividade e encher seu poço é ficar sem fazer nada. É a privação da leitura. É ficar sem acompanhar nenhuma notícia, sem acompanhar telas, sem ler nada. Isso te coloca de volta em contato com suas sensações e te ajuda a ouvir novamente sua voz interior. Para o artista, o recolhimento é necessário.

Lição 8:

Quando alguma coisa der errado, faça a pergunta certa. Ao invés de pensar “por que eu?”, pense “o que posso fazer a seguir?”; “como esse erro ou perda pode servir ao meu trabalho?”

Lição 9:

Não existe idade certa para fazer alguma coisa. “Estou velho demais” ou “vou fazer isso quando me aposentar” são táticas de fuga usadas para não enfrentar o medo de tentar. Mas a criatividade acontece no momento e no momento não temos idade. Tenha mentalidade de iniciante, para manter acessa sua capacidade de exploração.

Lição 10:

Lição 11:

Para muitas pessoas, o vício em trabalho é uma fuga é a principal razão dos bloqueios criativos. A fim de recuperar nossa criatividade, devemos encarar o workaholismo como um bloqueio, não como algo construtivo. O segredo é definir o que é excesso de trabalho, qual é seu limite.

Lição 12:

A fama é uma droga espiritual. Ao invés de escrever por escrever, fazer por fazer, o reconhecimento passa a ser o objetivo e não apenas a publicação. Você quer saber o que os outros estão achando e não se o trabalho é bom. O mesmo acontece com a competição. “o desejo de ser o melhor pode sufocar o simples desejo de ser.” Como antídoto, precisamos aprender a aprovar a nós mesmos. Comparecer ao trabalho é a vitória que importa.

Lição 13:


É um livro realmente profundo e necessário para todos que desejam ter uma relação melhor com a própria criatividade.



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Boa leitura!

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