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Foto do escritorLuciana Padovez Cualheta

Resenha do livro O Ano Em Que Disse Sim de Shonda Rimes



Quando eu descobri que Shonda Rimes tinha escrito um livro, eu imediatamente o coloquei no topo da minha lista de leituras futuras. Se você não sabe, a Shonda é criadora das séries Grey’s Anatomy, Scandal e produtora executiva de How to Get Away With Murder. Além disso, ela é uma mulher negra, a primeira que conseguiu o horário nobre não apenas com um, mas com três programas na TV americana. Ela dominava as noites de quinta-feira na ABC até assinar um contrato de exclusividade com a Netflix. Ou seja, quando Shonda Rimes escreve um livro, você precisa ler.



No livro O Ano Em Que Disse Sim, Shonda conta sobre um ano em que resolveu dizer “sim” para tudo, após uma provocação de sua irmã de que ela nunca dizia “sim” para nada. Apesar de já ser famosa e bem-sucedida, Shonda negava convites para eventos, para aparecer na TV, para fazer discursos e todo o resto.


No ano do sim (como ela chamou), Shonda decidiu falar sim para o sol, sim para aparecer na TV, sim para dizer toda a verdade, sim a se render à guerra das mães, sim para a diversão sem nenhum trabalho, sim para brincar com suas filhas, sim ao seu corpo, sim a receber elogios, sim às conversas difíceis, sim às pessoas, sim a dançar para esquecer os problemas, sim para quem ela é, sim à beleza, sim a outros anos do sim. Ao mesmo tempo em que ensina sobre os “sims” que disse, ela também nos ajuda a aprender como dizer “não” ao que não importa.


Enquanto ela conta cada um dos “sims” que deu, Shonda Rimes discorre sobre assuntos super importantes, como feminismo, maternidade e carreira. Ela fala sobre como é ser mãe de três e trabalhar tanto. Sobre sua decisão de não se casar e como o mundo recebeu essa notícia. Sobre como conseguiu abordar a diversidade de forma tão intensa na TV. Sobre sua relação com seu corpo e como se escondia por trás da comida para evitar seus sentimentos. Sobre sua timidez. Como ótima escritora que é, Shonda fez que o livro O Ano Em Que Disse Sim seja muito gostoso de ler, parecendo mesmo uma conversa íntima com ela.


Para mim, que sou fã de Shonda, foi surpreendente saber o quanto ela era tímida e, mais do que isso, o quanto lidava com a síndrome da impostora (nenhuma mulher está livre disso, aparentemente). Seu medo de falar em público era realmente paralisante e o livro conta como ela conseguiu superá-lo. Aliás, um dos pontos altos do livro O Ano Em Que Disse Sim são os discursos que ela fez ao longo desse ano. O discurso de abertura para os formandos de Dartmouth, o discurso para o evento Women In Entertainment da Hollywood Reporter e o discurso para Human Rights Campaign. Eles são bastante inspiradores e ver o processo de construção deles foi bem interessante.


Aliás, o que torna o livro O Ano Em Que Disse Sim interessante é exatamente a possibilidade de conhecer a intimidade de Shonda, que escreve como se fosse uma grande amiga e saber um pouco dos bastidores dos personagens que amamos na TV. Adorei ver que ela é gente como a gente (e porque não seria, né?) e que passa pelas mesmas inseguranças e desafios. O livro O Ano Em Que Disse Sim mostra como Shonda lidou com suas questões internas, nos inspirando a fazer o mesmo. Eu me identifiquei com ela em vários pontos. Também sou workaholic e acho mais fácil dizer “sim” ao trabalho do que a todo o resto. Talvez por isso eu tenha gostado tanto do livro.

Para quem é recomendado:


O livro O Ano Em Que Disse Sim é recomendado para:

  • · Para pessoas que estão meio empacadas, precisando de inspiração;

  • · Para quem sofre de síndrome do impostor;

  • · Para os fãs de Shonda Rimes;

  • · Para quem quer uma motivação extra para ser uma pessoa melhor;

  • · Está precisando trabalhar menos, relaxar e abraçar a vida.

Avaliação do livro O Ano em Em Que Disse Sim:

Rápido de ler? Bastante! Como ela escreve de um jeito gostoso, é fácil se envolver na história e seguir lendo.

Tem exemplos? Vários. Aliás, ele é baseado em exemplos dos “sims” que ela deu.

Conteúdo útil? Sim.

Fontes confiáveis? Sim. Como ele é da autora falando dela mesma, penso que dá para confiar.

Quantidade de páginas: 254 (na prática umas 235).

Nota: 9,0


Atenção! Eu vou ser a pessoa audaciosa que não vai dar 10 para Shonda Rimes. Ok, não para ela, mas para seu livro. Por quê? Porque apesar de super gostoso e interessante, é um livro que conta uma história, mas não ensina exatamente o “como fazer”. Ele inspira a ação, mas não te ensina a fazer exatamente o mesmo (pelo menos foi assim na minha percepção).

Então, não seria justo com você que está lendo meu blog que eu desse 10 para esse livro. Não conte isso para Shonda ou ela pode desistir de ser minha amiga. Ou conte. Pode ser que ela goste de minha audácia. Agora, a nota não quer dizer que você não deveria comprar. Eu ainda acho que a leitura dele vale a pena.



Você pode comprar o livro clicando no link:



(Ao comprar usando esse link, o blog recebe uma pequena porcentagem pela venda. Isso garante que eu consiga continuar produzindo conteúdos de qualidade gratuitamente)


Espero que goste e boa leitura!


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